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terça-feira, 12 de junho de 2012

Final!

Depois de alguns dias trabalhando em Shangai, estou de volta!

Gostaria de agradecer a todos que me acompanharam nesta aventura e em especial à Mila Marcondes que viabilizou a publicação do Blog.

Foi mais uma etapa do projeto, concluida com novos aprendizados e muitas vivências, mas não vai dar tempo de ficar com saudades pois mais uma etapa se inicia, 15.000 Km de mudanças: RAAM 2012 Oceanside to Annapolis!

Notícias em breve, aguardem!

domingo, 10 de junho de 2012

Chengdu - Pandas!



Dia de hoje dedicado aos pandas! Na cidade de Chengdu existe um centro de reprodução de pandas, que é apresentado ao público como um Zoológico, é diferente pois é um “MonoZoo” ó tem um animal e todos parecem iguais, faz a gente pensar que é possível estar em dois lugares ao mesmo tempo!
Depois de mais uma sessão com o google translator, tudo certo, lá fui eu para o zoológico. Ë o tipo de coisa que não tem muito o que falar, então... fotos!










































Alguns peixes e pandas vermelhos!






segunda-feira, 4 de junho de 2012

Chengdu

Voltar para Chengdu, para mim, foi muito emocionante, eu não quis voltar para o mesmo hotel do início da viagem, então procurei um outro hotel pela internet. Que aventura!!!!! Eu realmente achei que tinha feito uma reserva em um hotel, mas na verdade eu tinha alugado um Flat, sem nenhuma plaquinha na frente... Eu tinha pedido para o guia chinês um transfer que me deixasse no balcão do hotel e me acompanhasse no check in (bem coxinha) ele verificou com a agência e me disse que era um absurdo cobrar Us$ 45,00 por este serviço e me deu um papel, escrito em chinês, com alguns números e disse que era só entregar para o taxista que não tinha problema. Pessoal, foram muitas emoções... o taxista parou na frente de um prédio (uma porta em um prédio para falar a verdade) apontou para a porta e para cima, tirou minhas malas do carro, acenou com a cabeça e foi embora! Não tive dúvidas, é obvio que no lobby teria o nome do hotel ou no mínimo uma placa dizendo qual o andar, sonho meu... Parecia um dos nossos prédios comerciais, sem recepção, com um monte chinês esperando o elevador – e olhando para mim como se eu fosse um ET, quando o elevador chegou, eu entrei! Afinal todos eles estavam indo para a recepção... que nada, cada um apertou um andar diferente. A casa caiu... respirei fundo e entreguei o mesmo papel do taxista para um casal que deveria ter uns 15 anos, afinal é mais provável que os jovens falem inglês, errei de novo... Pelo menos a menina pegou o telefone, ligou para numero no papel, falou alguma coisa para o namorado (namorado por minha conta, o cara que estava com ela...). Então o chinesinho apertou o botão do vigésimo andar (o prédio tinha 78 andares!!!), virou para mim e disse:  Left, yellow, yellow! - Com a maior cara de realização do planeta! Tipo, viu como eu sei falar inglês! Eu queria ter visto a minha cara... Ele olhou para a menina, olhou para mim outra vez e soltou um “Fórou!” (Follow) e me levou até um conjunto (também sem nenhuma identificação, mas que estava com a porta aberta, que era a “recepção” do meu “hotel”... Eu agradeci, o casal sorriu e foi embora... Casalzinho chinês, mais uma vez, obrigado!

Parte II (é bem curtinha)

Estou salvo! Pensei eu, virei para a recepcionista e, Hello! Ela olhou para mim com uma cara de “Hein?!?!” e falou: No Ingrish!... só me veio a mente uma palavra: F#D3EU!!!!!! Tinha um computador na mesa dela, peguei o meu, liguei e mostrei as redes wi-fi disponíveis, ela apontou uma, conectei, ela digitou a senha, entrei no google translator e, todos os meu problemas se resolveram!!!! Daí para frente conversávamos digitando, e deu para resolver tudo! Como amanhã é outro dia, é outro post com mais aventuras!!!

Lhasa II


Foram apenas 290 quilômetros até Lhasa, um belo passeio por belas paisagens e por desfiladeiro bem estreito. Chegamos na hora do almoço, e saímos para tomar um café, de verdade! E comprar uma ou outra bugiganga (é o que mais tem por aqui).





A noite, tivemos nosso jantar de despedida, e é muito interessante como são as diferenças “culturais”:
O guia deu um “prêmio” para aquele com quem ele mais se preocupou, e que ele entendeu que foi quem mais teve dificuldade em superar o desafio da viagem !?!?!?! E a austríaca que ganhou ficou feliz !?!?!? Reforço positivo, ok, mas sinceramente, acho que não entendi e  não sei se eu ficaria feliz em receber este prêmio...

O casal de australianos, super divertidos, tinha presentes para todos! Uma Garrafa de rum australiano para um dos guias, uma travessa de salada para o outro e enfeites de natal (cangurus, coalas e wonbates) para todos os participantes – foi aí que entendemos o excesso de peso na bagagem do casal... – e, como a cerveja é muito importante para os australianos, eles deram uma lembrança especial para aquele que eles entenderam que mais prezava a cerveja, é obvio que quem ganhou era um alemão, um plaquinha bem legal escrito “DIDJABRINGYOURBEERALONG”, divertido...

Shigatse



Para a viagem ser um sucesso temos que voltar inteiros para casa, então continuo com minha aventura mais alguns dias!

Mais uma vez tomamos a estrada Amizade, partindo de Tingri, rumando de volta a Lhatse. Com o tempo ao nosso lado, temos uma segunda chance para ver a Cordilheira do Himalaya do topo do nosso passo mais alto.






 A distância até Shigatse é de apenas 240 quilômetros, teoricamente um viagem rápida, umas três horas, mas haja paciência, os guias resolveram parar de 5 em 5 minutos,







e um acidente fez com que os carros parassem, com isto ficamos mais de uma hora e meia esperando o Land Cruiser e o carro de apoio em um posto de controle.

Shigatse, a segunda maior cidade do Tibet, com cerca de 100.000 habitantes, é também chamado de “A Cidade Religiosa” por causa de seu importante papel no Budismo e na história do Tibet. Shigatse foi a capital do Tibet entre 1565 e 1640, quando o quinto Dalai Lama derrotou os “Reis Shigatse” com a ajuda dos mongóis. Ele então estabeleceu uma linhagem de líderes espirituais chamado Panchen Lamas ("Grandes Estudiosos") tendo o Monastério de Tashilhumpo como sua sede. O monastério, a oeste de Shigatse, foi fundado em 1447 e, ao contrário da maioria dos outros edifícios religiosos no Tibet, sobreviveu à Revolução Cultural quase intacto. Uma das atrações mais impressionantes do monastério é a maior estátua folheada a ouro do mundo, uma figura de Jampa, o Buda do Futuro, com mais de 25 metros de altura, infelizmente quando chegamos o monastério já havia fechado...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Hoje foi o dia em que conquistei o EVEREST!


Antes de mais nada, gostaria de agradecer a Mila Marcondes pois sem a ajuda dela não seria possível dividir estes momentos com vocês: Valeu irmãzinha!   Aqui na China tanto o Facebook quanto o Blogspot são bloqueados, então a Mila está postando os e-mails e fotos que envio para ela.

Seguimos para o Acampamento Base do Everest logo cedo. Isto é o mais perto que se pode chegar da montanha, sem efetivamente começar a escalá-la! Chegar lá já é espetacular e um grande desafio. É uma viagem bastante difícil e desgastante, já que a estrada é de terra e bem ruim (fez a primeira vítima já no começo da subida, o pneu traseiro de uma GS 1200),






possui mais de 100 curvas muito fechadas e nos leva ao passo Pang-La, com5.245 metros. A partir daí você pode ver o Everest e seus vizinhos Lhotse, Makalu e Cho Oyu



A estrada está aberta para o tráfego até o Monastério de Rongphu, famoso por ser o monastério mais alto do Tibet (e do mundo), com 4.877 metros. Mais 10 quilômetros de moto e tomamos que tomar um ônibus para os últimos 4 (caminhar esta distância, na subida a 5.000 e cacetada metros, nem pensar!!! E neste trecho só trafegam veículos oficiais...) e alcançar o acampamento base.

A recompensa final: O lendário marcador do Acampamento Base!




Monte Everest, que é conhecido por tibetanos como "Qomolongma" e para o Nepal como "Sagarmatha", destaca-se a 8.848 metros de altitude sendo portanto, a montanha mais alta da Terra.

Já na volta, quando encaramos o Pang-La pela 2a vez no dia a “vítima” foi a minha Tenere... pneu dianteiro rasgado pelas pedras... Deu pena deixar a moto na estrada, mas ela foi resgatada e eu voltei para o hotel na garupa (80 km de terra muito ruim...),




 missão cumprida, e de moto o tempo todo!!!!

Tingri

Três grandes notícias pela manhã, chegou o nosso “Land Cruiser” o fato é que ele vem com um observador do governo para que nosso grupo possa continuar rodando, pois as estradas do Tibet foram fechadas para estrangeiros e sem este acompanhamento, nós teríamos que ficar no hotel até que elas fossem reabertas (tudo informação extra oficial...). Motivo: dois turistas fizeram uma manifestação no Acampamento Base do Everest, abrindo as bandeiras de seus respectivos países, resultado: Tudo fechado! Além disto, em Lhasa, dois peregrinos atearam fogo ao corpo, em uma manifestação contra o controle (policial e militar) que está sendo feito durante o festival religioso que lá acontece... Superadas as dificuldades, seguimos em frente!

Deixamos Gyantse em direção noroeste seguindo o agradável vale do Rio Nyang. Shigatse, a "cidade religiosa", será a nossa pousada em nosso caminho de volta para Lhasa, por isso é que simplesmente a atravessamos neste momento (parando para almoçar).





Viramos para oeste, e pegamos a Estrada de Amizade que liga Lhasa a Kathmandu, no Nepal. Agora é um terreno aberto, seco e poeirento. É um verdadeiro deserto e as condições de vida são extremamente rigorosas. Passamos pela cidade de Khatse,








e iniciamos a subida até o passo mais alto da viagem: Lhakpa-La, elevação 5.355 metros, na “zona da morte” para as motos, o pouco oxigênio e a baixa pressão atmosférica podem fazer com que as motos parem de funcionar (e fizeram!),



 também o local onde fiz o xixi mais alto da minha vida!





Com o dia claro a vista aqui de cima é de tirar o folego (literalmente!) principalmente a primeira visão do Everest, mais de 130 quilômetros ao sul. Nós ainda avistamos a montanha mais alta do mundo mais algumas vezes em nosso caminho para Tingri, uma vila pequena, composta principalmente, de hotéis e restaurantes.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Tsetang – Gyantse


O poderoso Yarlung Tsangpo continua ao nosso lado durante os primeiros 130 quilômetros da jornada de hoje. O vale é largo e belo, e entre os campos, que parecem uma colcha de retalhos, e as dunas de areia é possível ver uma infinidade de templos e monastérios espalhados pelas encostas. Logo após Chusul viramos à esquerda,  em uma estrada lateral e seguimos para o passo de Kamba-La pass, que sobe quase 1.200 metros de altitude em menos de 24 quilômetros. No topo da passagem, uma vista deslumbrante se abre, até o lago Yamdrok-tso e, ao longe, avistamos os picos de 7.600 metros que marcam a fronteira com o Butão.








Seguimos a costa para Nagartse, a maior aldeia na margem do lago e um bom lugar (e o único lugar) para almoçar. Karo-La, entre Nagartse e Gyantse, nosso destino de hoje, é um outro passo de mais de 4.800 metros que oferece vistas fantásticas, desta vez para uma geleira de 7.300 metros do pico Nojin-Kangtsang.



Vale a pena entrar em Gyantse cedo, porque esta cidade apresenta duas atrações muito interessantes. O monastério com a sua Kumbum, uma stupa de 35 metros cheio de murais e estátuas (Kumbum significa 100.000 imagens)






e no alto de um morro do outro lado da Cidade Antiga está sua fortaleza, o Dzong Gyantse, o único dzong no Tibet, que não foi destruído durante a Revolução Cultural.


(colocar a foto Tsetang – Gyantse IX)A recompensa para a subida de 20 minutos até o topo são incríveis vistas para o vale Nyang e para o mosteiro, incluindo a Kumbum – adivinha, ninguém subiu... Detalhe do restaurante do jantar...